
A nova geração de um Mercedes-Benz Classe S é sempre um acontecimento, e não seria diferente com a de código V223, que acaba de ser apresentada. As linhas do sedã buscam suavidade com as formas arredondadas, as maçanetas embutida (que se destacam ao serem tocadas) e o perfil baixo das lanternas traseiras. O carro está de 3 a 5 cm mais longo que o anterior (5,18 metros na versão normal, 5,29 m na alongada), 5 cm mais largo, 1 cm mais alto e 7 cm maior entre eixos. O porta-malas passa de 530 para 550 litros. Ótimo o coeficiente aerodinâmico (Cx) 0,22.

O interior oferece até cinco telas, algumas com tecnologia Oled (leds orgânicos) e uma delas com efeito tridimensional, que dispensa óculos 3D. A maior das telas está mais baixa no console central, em abandono à posição ao lado dos instrumentos que se tornou padrão na marca. Por meio do uso de câmeras e algoritmos, a central de assistência MBUX reconhece e antecipa os desejos dos ocupantes, ao analisar gestos das mãos e a direção da cabeça. Por exemplo, se o motorista se mover e olhar para o vidro traseiro, a tela elétrica automaticamente se abre.

O sistema Drive Pilot permitirá novo estágio de condução semiautônoma (previsto para o segundo semestre de 2021), em que o motorista pode se dedicar a outras tarefas enquanto o carro segue o tráfego em rodovias previstas na Alemanha. Faróis Digital Light (opcionais) podem produzir novos efeitos no campo de iluminação, como projetar marcas de referência e símbolos de alerta. Em cada farol, três leds muito potentes são refletidos por 1,3 milhão de microespelhos, com resolução de 2,6 milhões de pixels no total do carro.

Há ainda iluminação interna com 250 leds. Mais de 50 componentes eletrônicos admitem atualização remota, da central MBUX aos faróis Multibeam Led. O assistente de estacionamento coloca o carro na vaga sem o motorista, comandado pelo celular.

Inovação em segurança do Classe S está nas bolsas infláveis frontais para os passageiros de trás, opcionais no modelo de entre-eixos longo. Em caso de colisão lateral iminente, a carroceria do Mercedes é levantada em fração de segundo, o que direciona o impacto a uma região da estrutura mais baixa e resistente que as portas.

Na fase de lançamento, a Mercedes oferecerá apenas motores a gasolina e a diesel de seis cilindros em linha. Mais tarde vêm um V8 com auxílio elétrico e um híbrido com recarga externa (plug-in), apto a rodar 100 km em modo elétrico. As versões são:


* S450 4Matic – turbo a gasolina, 3,0 litros, 367 cv, torque de 51 m.kgf, mais auxílio elétrico de 22 cv e 25,5 m.kgf, para aceleração de 0 a 100 km/h em 5,1 segundos.
* S500 4Matic – turbo a gasolina, 3,0 litros, 435 cv, torque de 53 m.kgf, mais auxílio elétrico de 22 cv e 25,5 m.kgf, para 0 a 100 km/h em 4,9 segundos.
* S350D – turbodiesel, 2,9 litros, 286 cv, torque de 61,2 m.kgf, para 0 a 100 km/h em 6,4 segundos. Opção de tração integral 4Matic.
* S400D 4Matic – turbodiesel, 2,9 litros, 330 cv, torque de 71,4 m.kgf, para 0 a 100 km/h em 5,4 segundos.

Todos têm velocidade máxima limitada a 250 km/h. Padrão no Classe S é a suspensão a ar e controle eletrônico. O esterçamento também das rodas traseiras em até 10° permite diâmetro de giro de carro pequeno, 2 metros a menos que sem o dispositivo.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação