O Nissan Kicks ganha uma reforma visual e versão elétrica na Tailândia, um dos cinco países que o produzem (os outros são Brasil, China, México e Taiwan). As mudanças de estilo devem chegar por aqui no próximo ano, e a opção elétrica, em 2022. A maior novidade é o sistema E-Power, que pode parecer um híbrido, mas trabalha de outra maneira: o motor a gasolina HR12DE de 1,2 litro e três cilindros, com 79 cv e torque de 10,5 m.kgf, serve apenas para recarregar a bateria de 1,57 kWh localizada sob os bancos dianteiros — posição escolhida para não prejudicar o espaço de bagagem, mantido em 432 litros, ou o recurso de rebater o banco traseiro.
O que move o Kicks E-Power é um motor elétrico de 129 cv e expressivos 27 m.kgf (mais que um Jetta 1,4 turbo), ligado às rodas dianteiras. A solução da Nissan, que pode ser descrita como um carro elétrico de autonomia estendida, busca eliminar a maior limitação dos elétricos comuns: a distância limitada que podem percorrer entre as demoradas recargas. O Kicks E-Power oferece os programas de condução Smart, Eco, Normal e EV e, como o Nissan Leaf, pode ser conduzido só com o acelerador em boa parte do tempo: ao desacelerar, o motorista aciona a regeneração e perde velocidade rapidamente.
A Nissan oferecerá o Kicks tailandês apenas na versão E-Power com acabamentos S, E, V e VL em ordem ascendente de preço. Os valores variam de 889.000 baht (R$ 161,5 mil) a 1.049.000 baht (R$ 190,6 mil). As alterações visuais concentram-se na frente (faróis, grade) e na traseira (lanternas), além dos para-choques. O interior muda apenas no volante e no console central, com alavanca de transmissão diferente.
Entre os equipamentos disponíveis para o Kicks E-Power estão ar-condicionado de duas zonas, central de áudio com tela de 8 pol, bolsas infláveis de cortina, controlador de distância à frente, alertas para veículo em ponto cego nas laterais e em tráfego cruzado traseiro, frenagem autônoma de emergência e monitor de atenção do motorista.
Texto da equipe – Fotos: divulgação