“Desenvolvido no Inferno Verde”, em alusão ao circuito alemão de Nürburgring, é como a Mercedes-AMG anuncia a versão GT R de seu carro esporte GT. O motor permanece o V8 biturbo de 4,0 litros, mas a potência passa de 510 cv (versão S) para 585 cv e o torque de 66,3 para 71,4 m.kgf, o que o habilita a acelerar de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e alcançar a máxima de 318 km/h (no S são 3,8 s e 310 km/h). Com 1.555 kg de peso, há apenas 2,66 kg para cada cv.
A tração permanece traseira com caixa AMG Speedshift de dupla embreagem e sete marchas, mas o carro foi extensamente revisto. A suspensão tem vários novos componentes e controle eletrônico de amortecimento; as rodas traseiras esterçam em pequeno ângulo, inédito em um Mercedes-AMG; o controle de tração oferece nove estágios de atuação; o diferencial e os coxins do motor têm controle eletrônico. Materiais mais leves estão por toda parte: teto e tubo de torque da transmissão de fibra de carbono, capô dianteiro de magnésio, silenciador traseiro de titânio.
O GT R tem para-lamas dianteiros 46 mm mais largos (na soma) de fibra de carbono, traseira alargada em 57 mm e rodas forjadas de 10 x 19 pol à frente (com pneus 275/35) e de 12 x 20 pol na traseira (325/30). A partir de 80 km/h, em programa de condução Race, uma carenagem de fibra de carbono sob o motor rebaixa-se em 40 mm para alterar o fluxo de ar e criar força descendente de 40 kg a 250 km/h. Aletas na parte inferior dianteira são abertas quando é necessária mais admissão de ar e fechadas em velocidade muito alta e em curvas rápidas. Para completar, a grade dianteira Panamericana é inspirada na do 300 SL que venceu tal prova no México em 1952.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação