A BMW revela o cupê Série 2, que segue o novo padrão de denominação da marca, com números pares em cupês e conversíveis e ímpares em sedãs e peruas (o Série 6 Gran Coupe é considerado cupê por ela, embora tenha quatro portas e, para o Best Cars, só possa ser um sedã). Não é coincidência que o número 2 seja associado ao 2002, o antecessor do primeiro Série 3 que colocou a BMW como referência em sedãs e cupês esportivos nas décadas de 1960 e 1970.
O sucessor do cupê Série 1 baseia-se na plataforma do atual Série 1 hatch, mas recebeu formas próprias em praticamente toda a carroceria. Embora capô e para-lamas dianteiros nos pareçam os mesmos em ambos, a frente foi redesenhada com linhas mais atraentes e o teto cai de modo suave até o porta-malas de belas linhas. As portas não têm molduras nas janelas, como em um típico cupê, e o capô dispõe de mecanismo que eleva sua parte traseira em caso de atropelamento, para aumentar o vão livre sobre órgãos mecânicos.
Com 4,43 metros de comprimento, o novo Série 1 mede 11 cm a mais que o hatch atual e 7 cm a mais que o cupê anterior. Comparado a este último, cresceu 3 cm em largura (para 1,77 m) e em entre-eixos (para 2,69 m) e 4 cm nas bitolas; já a altura até diminuiu em 5 mm para 1,42 m. Tanto o Cx de 0,29 quanto o espaço interno e o porta-malas de 390 litros representam ganhos sobre o modelo antigo.
No interior foram aproveitados muitos componentes do hatch, caso do painel, e há recursos como assistente para estacionar, controlador da distância à frente com frenagem automática, alerta para risco de colisão e faróis com facho que se adapta à presença de veículo no sentido oposto. São oferecidos os acabamentos Sport Line e Modern Line, ao lado do pacote M Sport (em azul nas fotos), dotado de rodas próprias de 17 pol, suspensão 1 cm mais baixa, anexos aerodinâmicos e bancos mais envolventes. A estrela é o esportivo M 235i (em vermelho nas fotos), com para-choques específicos, rodas de 18 pol e opção pelas de 19 em alumínio forjado.
O Série 2 estreia com cinco opções de motores. O 220i vem com o quatro-cilindros de 2,0 litros com turbo de duplo fluxo, sistema Valvetronic e injeção direta para obter potência de 184 cv e torque de 27,5 m.kgf, suficientes para máxima de 235 km/h e 0-100 em 7 segundos. A versão mais “quente” M 235i traz o conhecido seis-cilindros em linha de 3,0 litros com turbo (só um), Valvetronic, 326 cv e 45,9 m.kgf, capaz de 0-100 em 5 s com caixa manual de seis marchas (4,8 s com a automática de oito marchas e assistente de arrancada rápida) e máxima de 250 km/h. As opções turbodiesel são três: 218d, de 2,0 litros, 143 cv e 32,6 m.kgf; 220d, com 184 cv e 38,7 m.kgf; e 225d, com dois turbos em funcionamento sequencial, 218 cv e 45,9 m.kgf.
Todas as versões oferecem a caixa automática de oito marchas e a opção Sport, que faz mudanças mais rápidas e usa assistente para arrancadas rápidas. O carro pode ter diversos parâmetros configurados entre os modos Eco-Pro (mais eficiente), Comfort e Sport. Há ainda o modo Sport Plus, apenas para cupês dotados de alguma opção entre o pacote Sport Line e o M Sport, a caixa Sport, a direção variável e a suspensão adaptativa M. O câmbio tem a função de roda-livre, que atua como em ponto-morto ao desacelerar entre 50 e 160 km/h.
Como se espera de um BMW, o Série 2 vem com tração traseira e suspensões sofisticadas, multibraço na traseira e com amplo uso de alumínio. A opção M Sport inclui molas e amortecedores mais firmes, enquanto a Adaptive M adota controle eletrônico de amortecimento. Auxílios eletrônicos incluem controle de estabilidade com um modo de uso mais permissivo e frenagem na traseira para fazer a função de diferencial autobloqueante. Já o M 235i usa bloqueio mecânico do diferencial.
Texto: Fabrício Samahá – Fotos: divulgação