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Trump e a indústria de automóveis: sucessos e fracassos

08/01/2021
in Carro, Micro & Macro

Carro, Micro & Macro

Presidente prometeu emprego e quis desfazer acordo, mas medidas protecionistas não adiantaram

Não há como negar que são os fatos que nos chamam a atenção para temas que, se não faziam parte de nosso plano de pauta, são variações de alguns deles. Já há mais de um ano que venho sendo conclamado a escrever sobre a indústria de automóveis do México e sua participação no mercado brasileiro. De fato, muitos carros vêm de lá e são “depenados” na destinação, mesmo que não haja impostos de importação. É que o México goza de todos os benefícios concedidos aos membros do Mercosul.

Aí veio Donald Trump querendo construir um muro e desfazer o Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre Comércio, que envolve Canadá, México e Estados Unidos). Ele ganhou as eleições com a promessa de devolver empregos aos norte-americanos brancos, habitantes do Meio-Oeste, que, frente aos galpões-fantasma da indústria de automóveis, sentiam-se ameaçados por tudo o que pudesse vir de fora, elegendo a China como “ameaça comunista” em substituição da extinta União Soviética.

Trump prometia devolver os EUA à glória dos anos dourados de entre 1950 e 1973, ando a crise do petróleo e o abandono do padrão-ouro abalaram o império

O discurso era de liberalismo, escondendo uma política altamente protecionista. Prometia-se devolver o país à glória dos anos dourados de entre 1950 e 1973, quando a crise do petróleo e o abandono do padrão-ouro abalaram o império construído pelo acordo de Bretton Woods. Por aquele acordo de 1944, todos os países deixariam suas reservas de ouro consignadas ao Fort Knox, tornando o dólar a base para todas as negociações internacionais.

Fábrica da Volkswagen em Chattanooga: os EUA não deixaram de ter uma indústria de automóveis pujante

O mundo foi inundado por produtos dos Estados Unidos, inclusive a Europa a ser reconstruída pelo Plano Marshall. As fábricas europeias estavam destruídas pela Segunda Guerra Mundial e as ruas do continente inundaram-se de veículos norte-americanos. Devido à taxa fixa de câmbio, até as canetas esferográficas usadas nas escolas públicas brasileiras vinham de lá. Havia a inscrição Made in USA em tudo o que se punha a mão.

Aproveitando-se da mesma onda e dos mesmos artifícios eleitorais de Trump, dois anos depois, Jair Bolsonaro tomaria posse no Brasil. Lá, demonizava-se a era de Barack Obama; aqui, demonizavam-se todos os governos advindos da constituinte de 1988. Lá, prometia-se a volta aos anos dourados; aqui, prometia-se a volta ao milagre econômico do tempo dos militares.

Lá, a culpa de todos os males atribuía-se ao afrouxamento das regras de imigração, aos benefícios sociais e às importações; aqui, tudo se devia às instituições sociais, especialmente às trabalhistas e previdenciárias que ensejaram a “nova classe média”, bem como às estatais, curiosamente, criadas entre 1964 e 1984, período a que se propunha voltar. Escrever sobre a influência da indústria mexicana de automóveis parecia ficar cada dia mais anacrônico.

Só que Trump não se reelegeu, nem mesmo nos estados em que a indústria de automóveis tornou-se o símbolo da decadência — portanto, a região mais esperançosa das medidas que prometiam a volta ao passado, tornando “A América grande outra vez”. Antes dele, Maurício Macri não se reelegeu na Argentina e as revoltas no Chile, o baluarte do ultraliberalismo sul-americano, puseram em xeque o pensamento dominante, bem como o apregoado fim do Mercosul.



Trump não trouxe empregos

Como carros são os produtos mais complexos jamais produzidos em escala global, pareceu justo usá-los como parâmetro para entender as razões da brevidade do movimento de convencimento popular mais dispendioso desde a Segunda Guerra. É que se anunciou um recorde de 17,3 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos em 2019, o que parecia contraditório perante o resultado das urnas. A mesma noticia dava conta de que 2020 traria o segundo recorde seguido, com uma previsão de 17,6 milhões, apesar da pandemia, e que a proporção média de 60% dos emplacamentos devidos às picapes manteve-se no recorte temporal.

Não restava outra opção senão ir atrás dos números. De acordo com o relatório da Federal Reserve, as vendas confirmaram-se, parecendo que o mercado de automóveis estava a cruzar em céu de brigadeiro. Qual seria então o motivo de tanta insatisfação? Os gráficos a seguir, obtidos de uma tabela da mesma fonte que você pode baixar aqui, mostram que a política de Trump não trouxe mais emprego.

Detroit continua às moscas porque a produção de veículos espalhou-se pelo território dos Estados Unidos, fruto de uma guerra fiscal que também presenciamos por aqui

Pelo contrário, nota-se que houve uma queda na produção de mais de um milhão de veículos em média, enquanto as vendas domésticas continuavam subindo, mesmo a partir do Nafta, ou seja, as exportações do México continuaram a impactar crescentemente as vendas nos EUA, apesar de todas as medidas protecionistas adotadas. No período, de acordo com a mesma fonte, as importações líquidas de fora do Nafta pularam de 3,5 para 4,3 milhões, ou seja, entre automóveis vendidos às famílias, o mercado norte-americano continua inundado de veículos importados.

Teriam os Estados Unidos deixado de ter uma indústria de automóveis pujante? Uma produção doméstica girando em torno de 12 milhões de unidades diz que a segunda posição em relação ao mundo continua de importância indiscutível. Também parece continuar vigorosa, haja vista a recuperação no período Obama, partindo de uma queda de 50% provocada pela crise dos papéis podres em 2008. Detroit continua às moscas porque essa produção toda espalhou-se pelo território do país, fruto de uma guerra fiscal que também presenciamos por aqui. Outro fator foram as sobretaxas às matérias-primas semiprocessadas, como chapas, lingotes e tarugos de alumínio, cujo emprego é crescente para reduzir o peso dos veículos.

Motivos específicos são tema para várias teses de doutorado. Aqui cabe limitar ao fato de que a História caminha numa direção só, para o futuro. Volta ao passado é promessa impossível de cumprir. Nos 40 anos que nos separam dos anos dourados, ou do milagre econômico, muitas coisas mudaram.  Apesar de a China manter-se uma ditadura de partido único com o nome de “comunista”, adotou práticas capitalistas, seja nos meios de produção, seja nos de financiamento. O frete caiu para 10% do valor médio pago em 1975 e, mal ou bem, três quartos da população mundial vivem em países industrializados que competem entre si por mercados com uma similitude jamais vista.

Torçamos para que o mundo, em geral, e os Estados Unidos e o Brasil, em particular, encontrem no bom-senso seus caminhos. Enquanto isso, na última coluna do ano, este colunista deseja boas festas e que a pandemia passe logo.

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A coluna expressa as opiniões do colunista e não as do Best Cars

Tags: Carro Micro e Macrocolunasindústria

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